Juniores A

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sábado, 11 de junho de 2011

tipos de motivaçao


Motivação intrínseca

A motivação intrínseca para estudo em cursos de ciência da computação é o tema do artigo Intrinsic motivation in computer science classroom, de Patrick Byrne. Apesar desse foco específico na educação, as informações levantadas e técnicas propostas por ele podem ser aplicados em vários outros contextos.


Motivação intrínseca é aquela em que não há recompensa ou punição externa. Byrne cita Edward Deci e Richard Ryan que afirmaram que “as necessidades inatas de competência e autodeterminação são manifestadas através da curiosidade e interesse e levam as pessoas a explorar e manipular“. Eles também dizem que “ao assumir continuamente novos desafios e se esforçar para vencê-los, as pessoas não apenas experimentam uma satisfação espontânea e intrínseca, como também desenvolvem habilidades que as permitirão ser mais eficientes e autônomas“.
Motivação extrínseca é aquela em que há recompensa ou punição para realização da atividade. Na educação, por exemplo, esse é a forma atual, sustentada pelas provas e notas que definem aprovações ou reprovações. Byrne também cita Barbara McCombs, que disse que, no sistema atual de educação, “os estudantes (a) são obrigados a aprender a algo pelo qual não se interessam, (b) tem pouco ou nenhum controle ou escolha, (c) não têm habilidades ou recursos para serem bem sucedidos ou (d) não têm suporte ou recursos adequados (inclusive apoio, encorajamento e respeito)“.
Byrne apresenta uma série de factores que devem estar presentes para haver motivação intrínseca em uma atividade:
  • Desafio – a atividade deve oferecer um nível crescente de desafio em equilíbrio com o crescimento das habilidades do participante.
  • Curiosidade – a actividade deve oferecer uma complexidade de informação ou incongruência em relação ao conhecimento atual do participante.
  • Control – o participante deve ter a sensação de control sobre a atividade.
  • Fantasia – a atividade pode oferecer uma certa diversão para o participante, através do uso da fantasia.
  • Satisfação pessoal – a atividade deve promover os sentimentos de competência e autodeterminação
Outros fatores também foram citados por Byrne, mas os acima estão em sintonia com as propostas de Mihaly Csikszentmihalyi e de Nakatsu, Rauterberg e Vorderer. Entre esses outros fatores, aparecem relevância da atividade, vínculo com as outras atividades que os participantes já executaram e a participação do promotor.
Nesse último ponto, Byrne alerta que não basta oferecer as atividades para os participantes, há também a necessidade de acompanhamento. O promotor (professor no caso da educação) deve encorajar os participantes, oferecer feedback, dar liberdade às discussões, aceitar que os resultados podem não ser os esperados e aceitar a diversidade entre os participantes.