Os esteróides anabolizantes são as drogas mais utilizadas no desporto de alta competição, especialmente nos desportos que necessitam grande força física e consequentemente, grande força muscular.
Como podem observar na imagem acima mostrada, os esteróides anabolizantes desenvolvem a massa muscular. Obviamente e como podem com certeza perceber, esta imagem é um caso EXTREMO de uso de anabolizantes. De facto, se tal homem com tais músculos existir, duvidamos que ele não tenha um ataque cardíaco muito em breve...
Os esteróides existem naturalmente no nosso organismo, principalmente em indivíduos masculinos. Um dos exemplos mais comuns é a testosterona, a principal hormona esteróide masculina e que existe em ambos os sexos mas que apresenta concentrações 20 mais elevadas nos homens do que nas mulheres.
As hormonas esteróides possuem basicamente 2 funções no organismo: a função androgénica e a função anabolizante. A função androgénica dos esteróides é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos, nomeadamente o crescimento da barba, pêlos púbicos, engrossamento da voz, desenvolvimento do pénis e testículos, enfim, responsável pelas características denominadas masculinas. Depois, temos a outra função dos esteróides, a função anabólica: esta é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e massa óssea. Este é o efeito mais procurado pelos atletas, o efeito anabolizante, e é por isso que se tentam criar esteróides que maximizam o efeito anabólico mas que reduzem o efeito androgénico, pois desta maneira as células dos músculos serão as principais receptores dos esteróides, não sendo estes “desperdiçados” com outros órgãos que tenham receptores para o efeito androgénico do esteróide (maximizando assim o seu efeito de aumento muscular).
Hoje em dia não existem esteróides unicamente anabolizantes, havendo no entanto diversos produtos que conseguiram diminuir bastante o efeito androgénico.
Os esteróides anabolizantes são altamente proibidos na maior parte dos desporto pois dão uma vantagem, muitas vezes decisiva, aos atletas que utilizam este tipo de doping, contrariando a igualdade desportivo e a própria máxima do Barão de Courbertin (principal responsável pelos jogos olímpicos da era moderna), que dizia que o importante no desporto é a competição e não a procura desenfreada por resultados. Este tipo de drogas pode ser tomados oralmente ou através de injecções, sendo geralmente injectados em vez de consumidos oralmente uma vez que quando tomados oralmente, os esteróides passam pelo fígado, no qual sofrem um processo de alcalinalização, processo esse extremamente prejudicial ao fígado.
Os esteróides anabolizantes apresentam muitos problemas a nível físico e o seu consumo prolongado pode provocar danos muito sérios no organismo, pois cada homem está geneticamente “programado” para um certo nível de hormonas androgénicas, como a testosterona, e ultrapassado esse limite, o organismo não terá capacidade suficiente para responder, existindo diversos tipos de efeitos como: calvície, acne, aumento da agressividade, ginecomastia (desenvolvimento anormal dos seios), hipertensão arterial, hipertrofia da próstata e de outros órgãos (como o coração), paragem de crescimento (quando utilizados durante a puberdade), impotência sexual, esterilidade, insónias, desregulações ao nível do colesterol (os esteróides são feitos à base de colesterol) com a diminuição dos níveis de bom colesterol e aumento dos níveis de mau colesterol, complicações cardíacas, atrofia testicular, redução na produção de espermatozóides, fragilidade nas articulações, mau hálito, problemas hepáticos e tremores. Caso sejam consumidos por mulheres estas podem começar a desenvolver caracteres secundários masculinos e também podem sofrer de hipertrofia do clitóris.
Está provado que o uso prolongado de esteróides conduz a graves problemas cardíacos e hepáticas no anos seguintes, aumentando grandemente o risco de ataque cardíaco quando o atleta atinge o patamar dos 40, 50 e 60 anos.
Aqui temos um dos melhores exemplos do que os esteróides fazem a um corpo e o que acontece quando o corpo já não aguenta mais o seu uso... Este é Arnold Schwarzenegger, talvez o culturista mais conhecido do mundo, com esteróides nos anos 70 e 80 à esquerda e sem esteróides no início do século XXI à direita. Não é lá muito agradável de se ver...
De entre os principais esteróides anabolizantes temos:
Nome Genérico | Nome Comercial | Formu-lação | Aromati-zação | Anabólico | Andro-gênico | Hepato-toxidade |
Androisoxazol | Neopondren Neoponden | Comprimi-dos 5 mg | Mínima | Bastante | Pouco | Sim |
Androstano-lona | Androlone Neodrol Anabolex Anaprotin Protona | Oral(10-25mg) Injetável (100mg/ml) | Não | Bastante | Pouco | Pouca |
Boldenona | Equipoise Parenabol | Injetável (50 mg/ml) | Pouca | Bastante | Médio | Pouca |
Etilestrenol | Durabolino Maxibolin Orabolin | Oral (2 mg) | Pouca | Pouco | Pouco | Bastante |
Fluoximes-terona | Halotestin | Oral (5 mg ) | Bastante | Bastante | Bastante | Bastante |
Mesterolona | Androviron Proviron | Oral (25 mg/ml) | Não | Bastante | Médio | Pouca |
Metandie-nona | Danabol Dianabol | Oral (5 mg ) | Pouca | Bastante | Pouco | Bastante |
Metenolona | Primobolan Primonabol | Oral (5 mg) Injetável | Não | Bastante | Pouco | Pouca |
Nandrolona | Deca-durabolin | Injetável | Pouco | Bastante | Pouco | Pouca |
Oxandrolona | Anavar Lipidex | Oral (2,5 mg ) | Pouco | Bastante | Pouco | Bastante |
Oximetolona | Hemogenin | Oral (5 e 50 mg) | Pouco | Bastante | Pouco | Bastante |
Stanozolol | Winstrol Stromba-jet | Oral (2 e 5 mg ) injetável (25 mg/ml ) | Pouca | Bastante | Pouco | Bastante |
Testosterona Cristalina | Durateston | Oral e Sublingual | Média | Bastante | Bastante | Não |
Trembolona | Parabolan | Injetável | Pouco | Bastante | Pouco | Pouca |
É de salientar que aromatização é um processo de conversão dos esteróides anabolizantes em hormonas femininas (estrogénios), sendo por isso frequente os utilizadores de esteróides tomaram inibidores de estrogénio. Devemos também notar que no exames antidoping certas quantidades de hormonas esteróides (como a testosterona), que existem naturalmente no nosso organismo, são permitidas.
Estimulantes:
Estimulantes são substâncias que estimulam e aceleram a actividade cerebral, o que faz com que a resposta nervosa seja mais rápida, aumento a actividade dos atletas e diminuindo o seu cansaço.
O uso de estimulantes é muito frequente entre os atletas (é o mais frequente a seguir ao consumo de esteróides) que tomam drogas como anfetaminas, estricnina, cafeína ou até mesmo cocaína, para reduzirem o cansaço e aumentarem a sua resposta cerebral. Os estimulantes podem ser tomados por via oral, em pó, através da inspiração nasal, injecções e podem mesmo ser fumados...
Este tipo de drogas é proibido numa grande panóplia de desportos e actualmente pensa-se que já existe consumo de estimulantes nervosos em desportos como o xadrez, que requer um grande actividade cerebral durante torneios de vários dias.
Estas drogas são proibidas pois dão uma vantagem injusta aqueles que as usam (pois o seu sistema nervoso está muito mais activo) e além disso podem também ter outras consequências para a saúde, pois estes aumentam a pressão arterial, podem fazer com que o atleta emagreça, o uso contínuo pode destruir células nervosas (a hiperactividade contínua provoca a sua destruição), pode provocar insónias, euforia, alterações de comportamento, tremores, respiração acelerada, confusão cerebral, e ainda há a possibilidade de ataques cardíacos e overdoses quando tomados em excesso.
É de salientar que Portugal foi o primeiro país a implementar medidas antidoping nas competições de xadrez.
ANALGÉSICOS
Analgésicos são droga calmantes muito frequentemente usadas em quase todos os desportos fisicamente exigentes e que viam diminuir a dor. Podem ter como efeito, por exemplo, reduzir a dor de certas lesões ou actividades, fazendo com que o atleta aguente mais tempo e que aguente mais dor, aumentando a sua resistência natural, sendo por isso muito utilizados em desportos como a maratona e o triatlo (fisicamente muito exigentes).
Exemplos de analgésicos: morfina, metadona, petidina, entre outras.
Os analgésicos apresentam alguns perigos para o organismo pois o seu uso, visto reduzir a dor sentida, pode fazer com que um atleta agrave uma lesão, podem levar também à perda de equilíbrio e coordenação, náuseas e vómitos, insónias e depressão, diminuição da frequência cardíaca e ritmo respiratório e diminuição da capacidade de concentração.
BETA-BLOQUEANTES
Os beta-bloqueantes são utilizados no desporto de uma forma semelhante aos analgésico pois também eles ajudam a combater o nervosismo, stress e ansiedade. Estas drogas actuam nomeadamente no coração, diminuindo o ritmo cardíaco.
Esta função é altamente proveitosa para certos desportos de alta precisão, sendo por isso altamente proibida em desportos com o tiro ao alvo, tiro com arco, bilhar, xadrez, natação sincronizada... Exemplos de beta-bloqueantes: acebutolol, alprenolol, atenolol, labetolol, metipranolol, pindolol...
O consumo de beta-bloqueantes é perigosos pois a diminuição do ritmo cardíaco pode provar hipotensão (tensão arterial baixa) e pode mesmo provocar paragens cardíacas. Pode também provocar asma, hipoglicémia (falta de glicose no sangue), insónias e impotência sexual.
HORMONAS PEPTÍDICAS
As hormonas peptídicas possuem diversas funções. Uma das suas principais funções é a fixação peptídica, isto é, estas hormonas ajudam os músculos nas suas reacções anabólicas, ajudando a fixar os aminoácidos necessários para a construção destes. Existem vários tipos de hormonas peptídicas, e com diversas funções, de entre as quais se destacam:
- a eritropoietina, também denominada de EPO. Esta hormona, que existe no nosso organismo, estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando assim a resistência do atleta (pois os músculos são fornecidos com uma maior quantidade de oxigénio). A eritropoietina está assim associada a um tipo de doping especifico, o incremento do transporte do oxigénio, que falaremos mais à frente.
- a hCG, uma hormona produzida pelo feto durante a gravidez, é também usada pelos homens para aumentar a produção de esteróides no organismo. Existem também mulheres que engravidam, pois a hCG faz aumentar as concentrações de hormonas femininas e com tais concentrações ditas “naturais” muitas outras drogas dopantes que podem existir em certas concentrações são disfarçadas. Depois do teste de controlo, as atletas abortam...
- HC, hormona do crescimento, hormona essa que tal como o nome indica é produzida em grande quantidade durante a puberdade e permite o crescimento dos indivíduos, é também usada na construção e recuperação de tecidos musculares.
- LH, hormona que existe naturalmente no nosso organismo, é usada para estimular a produção de testosterona nos testículos.
O uso destas drogas pode provocar deformações ósseas, distúrbios hormonais, miopia, hipertensão, coágulos sanguíneos, diabetes, doenças articulares...
A utilização de hormonas não peptídicas está também proibido quando apresentam estrutura e função semelhante as estas.
DIURÉTICOS
Os diuréticos, ou substâncias mascarantes, são outro grande grupo de substâncias proibidas. Este tipo de substâncias tem como função aumentar a quantidade de urina produzida, o que leva a alterações no controlo desta visto a maior parte das substâncias ser ilegal quando detectada em concentrações elevadas. Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de substâncias dopantes vão diminuir, não podendo por isso serem consideradas dopantes abaixo de certos níveis. Além desta função, os diuréticos são também usados para perda de peso, nomeadamente em desportos divididos por categorias de peso ou até mesmo de forma a que certas substâncias (nomeadamente dopantes) sejam expulsas rapidamente do organismo. Os principais diuréticos usados são o triantereno e a furosemida.
Como efeitos secundários prejudiciais, os diuréticos podem causar desidratação, caibras, doenças renais, perda de sais minerais, alterações no volume do sangue e no ritmo cardíaco. Se os problemas cardíacos e renais tornarem-se muito graves, podem mesmo levar à morte do atleta.
BETA-AGONISTAS
Este é o último grande grupo de drogas dopantes. Os beta-agonistas são drogas que se destinam a aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma droga beta-agonista muito conhecida é a adrenalina, que existe naturalmente no nosso organismo e que é libertada quando estamos sujeitos a situações de grande tensão (é por isso que, quando ameaçados ou em perigo, o homem consegue faz certas proezas ou utilizar certa força que normalmente não conseguiria usar). Este grupo de drogas é conhecido pela sua capacidade de controlar a distribuição de fibras musculares e de aumentar o ritmo cardíaco, aumentando o fluxo de sangue para músculos e cérebro.
Como efeitos secundários prejudiciais temos o aparecimento de insónias, agressividade, tremores e náuseas, falta de concentração, distúrbios psíquicos, aumento da pressão arterial, problemas cardiovasculares...
Como substâncias proibidas nas competições internacionais temos ainda o álcool, todo o tipo de narcóticos estupefacientes e ainda drogas anti-estrogénicas, drogas que se destinam a inibir a produção destas hormonas. Este tipo de drogas é proibido pois está geralmente associado ao consumo de esteróides anabolizantes (são utilizadas devido ao efeito aromatizante dos esteróides).
Por fim, e a apesar de não serem propriamente drogas dopantes, existem também técnicas e métodos proibidos no desporto. São eles:
- aumento do transporte de oxigénio: esta técnica consiste no uso de substâncias (como o EPO) para aumentarem o número de glóbulos vermelhos ou a transfusão de sangue previamente retirado e enriquecido com glóbulos vermelhos. Este método é perigoso pois maior número de glóbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal há um maior risco de ataque cardíaco.
- manipulação química e física: conjunto de técnicas que visa alterar a validade e a integridade das amostras de urina e sangue usadas nos controlos antidoping. Entre elas destacamos a alteração das amostras de urina, a inibição da excreção renal, cateterização e o uso de substâncias mascarantes.
- doping genético: a dopagem genética é definida como o uso não terapêutico de genes, elementos genéticos ou células que tenham a capacidade de aumentar o rendimento desportivo. Este tipo de doping está ainda em desenvolvimento e ainda não é muito viável, mas poderá ser uma realidade num futuro bem próximo. Esse tipo de doping é usado com recurso a vírus ou bactérias que alteram certos genes em certos músculo do organismo, tornando-o mais adaptado à actividade que pratica.
4- DOPING: CORRECTO OU INCORRECTO? VOLUNTÁRIO OU NECESSÁRIO?
Será que utilizar o doping como meio de obtenção de resultados é correcto? Esta é a questão, e a resposta é pura e simplesmente NÃO. O nosso grupo é unânime em considerar que a prática do doping não deve ser utilizada, e isto deve-se essencialmente devido a dois problemas que levanta:
- o doping vai contra a máxima do desporto que é “o mais importante é participar, não é ganhar”. O doping visa apenas o resultado, ignorando completamente a ética do desporto. Além disso, todos os atletas devem partir em iguais condições para todos as competições. O uso de doping dá uma vantagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se quer avaliar numa competição desportiva não é qual o atleta com mais dopantes, mas sim o melhor atleta numa determinada disciplina...
- o doping é uma prática altamente perigosa. Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas dopantes apresentam perigos para saúde humana, o que só por si devia ser suficiente para dissuadir os desportistas de a usar.
Outro problema que se levanta muitas vezes é o facto de os desportistas serem quase “obrigados” a usar doping. Muitas vezes um atleta, mesmo sabendo que é o melhor no desporto que pratica, tem demasiadas pressões sobre ele: pode ser um atleta novo que precisa de ganhar uma determinada competição para obter um contracto, um atleta em fim de carreira que já não consegue as proezas físicas de quando era mais jovem, um atleta que vem duma lesão grave... Enfim, muitas vezes acontece que é a necessidade e a pressão que levam certos atletas a usar técnicas dopantes, e a necessidade é algo muito difícil de combater.
De qualquer forma, nos deixamos aqui o nosso apelo antidoping, devido às razões acima mencionadas. Gostávamos também de salientar que o doping e os métodos antidopantes estão em constante progressão. Hoje em dia já existem técnicas de detecção de dopantes avançadas, mas visto estas técnicas serem sempre em resposta ao aparecimento de certas substâncias, quando tais procedimentos são adoptados, já a substância dopante foi largamente utilizada. Destacamos por exemplo o DMT, um esteróide sintético que o corredor dos 100 e 200 metros Kelli White admitiu utilizar e sobre o qual não existem medidas antidoping...
Por fim gostávamos de falar dalguns casos famosos de atletas que usaram a prática do doping:
- Por volta do século VIII a.C. os atletas olímpicos da Grécia comiam testículos de carneiro, fontes de testosterona. Por volta de III a.C. sabe-se que também já tomavam cogumelos alucinógenos, que possuem propriedades estimulantes.
- Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona de St. Louis depois de tomar conhaque e estricnina.
- Em 1967 Tom Simpson desmaiou durante a volta França, morrendo antes de chegar ao hospital de helicóptero. Foram encontrados 2 tubos de anfetaminas cheios mais um vazio no seu fato de treino...
- Nos jogos olímpicos de verão de 1988 Ben Jonhson ganhou a medalha de ouro, tendo sido apanhado a tomar esteróides anabolizantes, hormona do crescimento humano, entre outras coisas. Devido a este acontecimento a medalha de outro foi entregue a Carl Lewis, que mais tarde foi acusado de também ter usado drogas, acabando também ele por perder a medalha de ouro.
- Durante as décadas 70 e 80 os países da antiga URSS foram acusados de várias práticas antidoping, confirmadas anos mais tarde quando alguns documentos foram encontrados relativamente a esse assunto. Pensa-se que, de entre as práticas usadas, as nadadores femininas da URSS foram masculinizadas, assim como a maior parte dos desportistas que precisavam de massa muscular tomaram esteróides anabolizantes; também se pensa que em categorias como a ginástica, as atletas femininas tinham a sua puberdade retardada de forma a terem menos massa óssea e como tal, menos peso.
- Em 1998 a equipa de ciclismo Festina foi excluída depois de terem sido encontradas várias drogas dopantes num carro da equipa.
- Roberto Heras, vencedor da Volta a Espanha em 2005, perdeu o seu título e foi suspenso por 2 anos depois de acusar EPO.
- Em 2006 alguns companheiros de Lance Armstrong, vencedor 7 vezes consecutivo da Volta à França, admitiram tomar EPO. Durante a pré-época cerca de um litro de sangue enriquecido com glóbulos vermelhos devido a EPO era recolhido, sendo meio litro injectado antes do início da época e o outro meio litro a meio da Volta, quando o cansaço se começasse a notar. Depois disso houve várias acusações a Armstrong, nomeadamente pelo facto de ele ter usado o pretexto do cancro nos testículos para tomar ou encobrir drogas ilegais.
- Em 2006 o ciclista Floyd Landis foi acusado por apresentar um ratio testosterona/epitestosterona muito elevado. No entanto, parece que o ciclista apresenta deficiência nos níveis de epitestosterona. A decisão de lhe retirar o título está neste momento por decidir.
- Ainda no mesmo ano, a equipa de ciclismo Liberty Seguros teve o seu director geral e outros funcionários presos depois de um alegado escândalo de doping.
Este são apenas alguns dos muitos casos de doping registados. Até entre nós, mesmo em Portugal, existem casos de doping. Por exemplo, podemos salientar o caso do Nuno Assis, do Abel Xavier ou do Fernando Couto, jogadores de futebol apanhados a usar substâncias dopantes.
Para terminar deixamos a nossa esperança de que no futuro, e com o avanço da genética, seja possível, através do código genético de cada um, perceber facilmente que tipo de doping os atletas estão a usar com uma simples análise de sangue, acabando de vez, ou pelo menos reprimindo grandemente, qualquer tipo de doping. É de notar que já existem avanços neste campo, nomeadamente em exames antidoping para a EPO.